terça-feira, 7 de julho de 2015

Pereira Parobé: a praça que virou terminal de ônibus

Como comentado no post anterior, a necessidade de ter um ponto comercial no centro de Porto Alegre ainda no século XIX, proporcionou a construção do Mercado Público de Porto Alegre às margens do Guaíba, já que o transporte da época se dava principalmente pelas águas, ligando a capital às demais cidades.


No local onde hoje é o Terminal Pereira Parobé havia uma doca, que facilitava a aproximação dos barcos ao Mercado Público, que pode ser visto na imagem acima (o Mercado ainda está sem o segundo andar, sendo possível visualizar uma torre na esquerda).
Imagem de 1898:



Com os aterros sendo realizados na zona central de Porto Alegre, a paisagem do local sofreu várias transformações. Uma delas foi a criação de uma praça arborizada em 1919 e, seis anos depois serviu de terminal para os bondes, sendo nomeada Praça Pereira Parobé (em 1935 foi criado o terminal na Praça Quinze).





O chafariz existente na praça foi deslocado para o Parque Farroupilha (Redenção) em 1941, após a enchente que danificou o local.



Com o fim da praça, o local se tornou um estacionamento e, depois, um terminal de ônibus, função que desempenha até hoje.












segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mercado Público de Porto Alegre: 2 anos depois do incêndio

No dia 6 de julho de 2013 um incêndio destruiu parte do segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre. Passado dois anos, os reparos do espaço ainda não foram finalizados.


Dia 6 de julho de 2013.


Ainda no século XIX, havia uma necessidade da criação de um local destinado ao comércio próximo às margens do Guaíba. 
Em 1861, o engenheiro Frederico Heydtmann apresentou um projeto e, após algumas adaptações, a construção teve início em 29 de agosto de 1864, sendo inaugurado cinco anos depois.


Imagem de 1875.



Já no início do século XX, deu-se início a construção do segundo piso e, em 1912, durante as obras, um grande incêndio destruiu as bancas existentes no interior do Mercado Público. 
No ano seguinte, a ampliação foi concluída.




Após o incêndio de 1912.

Na imagem seguinte, a Praça Parobé antes de ser utilizada como estacionamento. Hoje é  terminal de várias linhas de ônibus.




A enchente de 1941 atingiu o Mercado Público.



Novos incêndios ocorreram nos anos de 1976 e 1979.
Mas não foram os incêndios que mais ameaçaram o local: várias tentativas de demolição para a construção de uma avenida perseguiam o Mercado Público desde a década de 1940.
Em 1979, foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre, graças ao clamor popular.


Na década de 1990, uma reforma modernizou o Mercado Público.
Na sequência, algumas imagens do interior do prédio antes do incêndio de 2013.




Apesar do grande movimento de pessoas, sempre realizo as compras para a Ceia de Natal no "Mercadão", pois há uma grande diferença de preços.
Além disso, encontrei o site do Mercado Público (não conhecia) para realizar compras online: mercadopublico.com.br
Para quem tiver a oportunidade, melhor ir pessoalmente conhecer o Mercado Público de Porto Alegre.

















segunda-feira, 5 de maio de 2014

Largo da Forca

Próximo ao Gasômetro, na antiga Rua da Praia (atual Rua dos Andradas) há uma praça com árvores, área de lazer e uma estátua no centro, em homenagem ao brigadeiro Antônio Sampaio, que dá nome ao local.

Mas a praça Brigadeiro Sampaio teve vários nomes ao longo da história de Porto Alegre.

Em meados do século XVIII, após a chegada dos açorianos, ali se tornou o primeiro cemitério de Porto Alegre, pois estava afastada do centro do povoado que começava a nascer.
Em 1772, o governador Marcelino de Figueiredo transferiu a capital de Viamão para Porto Alegre, instalou o Palácio do Governo, a Câmara de Vereadores e a cadeia na área próxima de onde hoje é a praça Brigadeiro Sampaio. Como construiu a sua casa ao lado do palácio,o governador mandou limpar o matagal, surgindo ali uma praça sem nome. Situação que manteria-se por pouco tempo.
Naquela época existia a pena de morte no Brasil, por enforcamento, e Porto Alegre não tinha um local destinado a este fim. O escravo de Antônio Francisco Pereira Jardim, conhecido como Preto Luís foi condenado à morte. O juiz Vicente Ferreira Gomes solicitou à Câmara de Vereadores, auxiliado pelo governador que ordenou que levantasse a forca onde achassem mais conveniente.
O local escolhido foi a área próxima ao palácio, sendo então conhecido como Largo da Forca, onde vários condenados foram executados.
Um episódio marcou este local: a execução do negro Lucas. Naquela ocasião, quando o condenado foi empurrado pelo carrasco, a corda arrebentou-se. Logo um irmão da Santa Casa cobriu Lucas com a Bandeira da Misericórdia (de acordo com os costumes da época, o condenado deveria ser perdoado, pois a corda arrebentada era um sinal de justiça divina). O juiz ignorou o costume e ordenou o enforcamento. Algumas pessoas passaram a evitar o local por ser habitado por fantasmas.
Mais tarde, parte da praça foi ocupada pela construção do prédio do Arsenal da Marinha, assim a praça passou a ser conhecida como Praça do Arsenal.
Na imagem abaixo, observa-se na direita, a cadeia; no centro, a igreja Nossa Senhora das Dores e na esquerda, a igreja Matriz (hoje novo prédio construído, onde localiza-se a Catedral de Porto Alegre).


Em 1860, com a extinção da pena de morte, o local passou a ser conhecido como Praça da Harmonia (em homenagem ao fim da Guerra do Paraguai).

 Em 1865 a praça começou a ser revitalizada por iniciativa do vereador José Martins de Lima: novas árvores foram plantadas, reconstruíram um coreto ali existente, foi criado um espaço para patinação (oportunidade na época para os rapazes pegarem nas não das moças para ajudar a levantar do tombo) e um quiosque que vendia chopp e petiscos.


Quando o vereador morreu, a Câmara o homenageou renomeando a área para praça Martins de Lima.





No mapa de 1888, à direita, destacado de verde, a Praça da Harmonia. 
A seta vermelha localiza a cadeia.









 Na imagem ao lado, de 1890, observa-se a existência de um chafariz (que teve curta duração, apenas dois anos) que tinha a água bombeada manualmente pelos preso da Casa de Correção (cadeia).




















Acima, observa-se a praça e os prédios da Marinha, Brigada,  Exército e algumas residências.

Em 1930, o prefeito Alberto Bins mudou novamente o nome da praça para Três de Outubro, em homenagem ao movimento que colocou Getúlio Vargas na presidência.
Em 1965, a praça recebe o nome de Brigadeiro Sampaio.






Atualmente, a praça é frequentada pelos moradores próximos, sendo um local agradável para caminhar com o seu cachorro, tomar chimarrão e até mesmo fazer um churrasco à sombra das árvores.

Um paraíso doado à Porto Alegre

Desde 2004, o bairro Vila Nova, na zonal sul de Porto Alegre conta com uma área verde de quase 12 hectares.
A área foi doada, em testamento, pelo engenheiro civil Gabriel Knijnik.

O Parque Gabriel Knijnik várias árvores frutíferas nativas, árvores exóticas (pinus e eucalipto) e rica fauna.
Por ser uma grande área verde, é um refúgio nos dias de calor na capital.







O parque também conta com uma estrutura de lazer para seus visitantes: com campos de futebol, playground, sanitários, churrasqueiras e estacionamento. 
















Por estar localizada no alto da rua Amapá, pode-se ver o Guaíba.


O parque fica aberto ao público das 8h às 18h30.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O viaduto Otávio Rocha

O projeto de construção do viaduto Otávio Rocha foi aprovado em 1927, quando o presidente do Estado, Borges de Medeiros, juntamente com o Intendente Otávio Rocha, determinaram a abertura do "morrinho" que separava a área central do leste e sul da cidade. Em 1928, iniciaram as desapropriações, dando início às obras, conforme a imagem abaixo.






A obra foi concluída em 1932, com uma arquitetura exuberante (ainda hoje) perante às demais construções do local. Abaixo, a avenida Borges de Medeiros ligando o Centro com a Cidade Baixa (ao fundo).



Em ambos os lados do viaduto, foram construídas escadarias de acesso, sustentadas por grandes arcos.



Na década 1970, esse espaço abaixo das escadarias começou a ser utilizado para uso comercial.
Em 2001 a escadaria e as lojas foram restauradas, recuperando um do pontos turísticos de Porto Alegre.